29 July 2006

A sirene da lota


Já poucos se lembram dela, agora que a pesca da sardinha e do biqueirão é quase uma saudade. Mas ela continua lá, como quem espera que a Refrega, o Raúlito, a Raínha do Sul, a Maria Rosa ou a Flor do Sul, apareçam na barra, carregadas até ao limite, para poder chamar os compradores e assistir ao "XUI" de todas as vendas. Tal como o relógio do apeadeiro, o tempo parou para ela.

28 July 2006

Vila Real Fashion


A moda e os chapéus-de-sol. A preços módicos, para enfrentar a concorrência chinesa.

27 July 2006

Voando sobre o farol


Aquilo a que só alguns como Lúcio Alves têm acesso: a cidade pombalina vista do céu.

26 July 2006

O lixo e a sombra


Oops! Coloquei a imagem de pernas para o ar. Ficou estranha, não ficou?

24 July 2006

Uma praia pequenina


Esta, a da Ponta de Santo António. Também se lhe pode chamar uma "praia de bolso". Quando a maré sobe, coitada... desaparece.

23 July 2006

Caramujo


Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.


Eugénio de Andrade (As Mãos e os Frutos).

21 July 2006

The last train


Partiu talvez no minuto 29. De um dia que não recordo. Ao contrário das andorinhas, não regressará mais. É essa a mensagem do ponteiro do relógio.

O estendal das andorinhas


Esperavam por mim todos os fins-de-tarde. Entre a farmácia e o zé-calceteiro. Hoje já lá não estavam. Voltarão na próxima Primavera. Elas nunca nos falham.

20 July 2006

E a dois passos, o rio


Nas Galerias Guadipesca.

Termómetro


Fora de serviço. Temperatura ambiente.

19 July 2006

Quadros de uma exposição


Nas Galerias Guadipesca. Voltaremos lá.

18 July 2006

Duplamente seguro


Nestas coisas do mar, não há nada como trabalhar duplamente seguro. Não vá o diabo tecê-las...

(Colaboração preciosa de Lúcio Alves autor da imagem.

14 July 2006

Da nobreza


De outros tempos. Nas trazeiras do Torreão Norte.

Vigilância


Não saio daquí enquanto este tipo das fotografias não desaparecer.

12 July 2006

Tristeza colorida


Com 35 graus sem sombra, quilos de arreios, guizos e adornos em cima e o raio das moscas que não me dão descanso... em troca de um pouco de água e uma ração de palha. Sorte malvada a minha!

11 July 2006

Ayamonte


Esta noite Ayamonte estava assim, reflectida nas águas do Guadiana.

09 July 2006

Leonel


CANOA

Para lá do abismo o medo, o nada,
Limite de projectos concebidos ...
Esboço, penumbra, sombra descarnada
Arrastando a tragédia dos vencidos!

Estou só como canoa abandonada
No infindo areal dos meus sentidos,
E a vaga é liquefeita gargalhada
Plasmando mil fantasmas ressurgidos.

Canoa sou nas vagas de teus beijos,
A tempestade enfrento dos desejos
Nas noites de Calema e de Mistral ...

E as mãos quais duas âncoras afundo
No abismo translúcido e profundo
De teu corpo de nácar e coral.

LOLITA RAMIREZ

08 July 2006

O último farolim



Onde o Guadiana rigorosamente termina.

06 July 2006

Recortes pombalinos



Quando se olha para cima...

05 July 2006

Che


Uma proa nova com um velho comandante.

03 July 2006

Búzio


Mar!
E é um aberto poema que ressoa
No búzio do areal...
Ah, quem pudesse ouvi-lo sem mais versos!
Assim puro,
Assim azul,
Assim salgado...
Milagre horizontal
Universal,
Numa palavra só realizado.

Miguel Torga (in Diário XI)

02 July 2006

Engrenagens


Do tempo dos combóios dos nossos avós. Quando necessário, aquí se dava meia-volta à locomotiva. Unicamente à força de braços.
Get your own Moonk!